A FORMAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA DO BRASIL NO SÉCULO XX


Leia com atenção:

Uma onda de descontentamento se levantou em São Paulo. Realizou-se um congresso de lavradores em fins de dezembro de 1929/janeiro de 1930, no qual o governo foi violentamente atacado. O Congresso tinha sido preparado não só pelo Partido Democrático como por todas as associações rurais, cujos dirigentes, em sua maioria, estavam ligados ao PRP (Partido Republicano Paulista), [...] os descontentamentos resultantes da crise mundial deixaram marcas em São Paulo. Se os democráticos já estavam na oposição, crescia o número daqueles que podiam até votar no governo, mas não se dispunham a jogar nele toda a sua sorte. (FAUSTO, Bóris. Trabalho urbano e conflito social: 1890-1920. São Paulo: Difel, 1976. p. 82)

Considerando os apontamentos feitos anteriormente, responda: Como os cafeicultores solicitaram a Washington Luís o enfrentamento da crise econômica que aniquilava as forças desse grupo? Assinale a alternativa correta.


por meio de cursos de gestão de agronegócio a serem ofertados pelo MEC.


não houve intervenção estatal que, tão somente, expressou pesar junto ao Diário Oficial.


por meio da propaganda estatal do café brasileiro junto à comunidade internacional.


por meio da concessão de novos financiamentos e de uma moratória de seus débitos.


por meio de mediação junto aos empresários da industrial paulista, credores dos fazendeiros.

Leia com atenção:

As bases de inspiração dessas novas elites eram as correntes cientificistas (...). Sua principal base de apoio econômico e político procedia da recente riqueza gerada pela expansão da cultura cafeeira no Sudeste do país, em decorrência das crescentes demandas de substâncias estimulantes por parte das sociedades que experimentavam a intensificação do ritmo de vida e da cadência do trabalho. (SEVCENKO, N., "Introdução". "História da vida privada no Brasil". São Paulo, Cia. das Letras, 1998, p.14.)

Em qual parte e estado do Sudeste a cafeicultura mais prosperou? Assinale a alternativa correta:


Divisa entre São Paulo e Paraná.


Noroeste paulista.


Litoral norte do Rio de Janeiro.


Divisa entre Minas e Goiás.


Norte de Minas Gerais.

Marque V para verdadeiro e F para falso no que diz respeito ao cotidiano do operariado brasileiro nos anos iniciais do séc. XX:

(  ) os operários, nessas vilas, vivem a extensão da vida das fábricas.

(  ) a empresa exerce forte controle sobre a vida privada dos trabalhadores.

(  ) a igreja faz parte das instituições responsáveis pela submissão do operariado.

(  ) as instituições como a creche e a escola estão a serviço do empresariado.

Agora, assinale a alternativa com a sequência correta:


V; F; F; V


F; V; F; V 


V; V; V; F


V; V; F; F


F; F; F; F

Leia com atenção:

"Policarpo era um patriota; monarquista conservador, foi ardoroso defensor do governo (forte) de Floriano a favor do qual engajou-se na luta contra a Armada rebelada. Acabou preso, condenado e executado. Teve um triste fim." (BARRETO, Afonso Henriques de Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. São Paulo, Scipione, 1994.)

Os dez primeiros anos do regime republicano no Brasil oferecem elementos de análise social muito ricos. O autor que mais soube explorar esses elementos, oferecendo para a posteridade um grande inventário de reflexões e críticas, foi, sem sobra de dúvidas, Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma, sobretudo, é a obra que melhor define o seu tempo. Considerando esse legado textual, assinale aquela alternativa que, de fato, descreve acertadamente o período inicial de nossa República.


Expressava os principais ideais dos membros da família real brasileira e seu séquito de colaborador.


Um movimento político exitoso que mereceu apoio popular em função do seu discurso escravocrata. 


Foi um empreendimento da oligarquia cafeeira que, de imediato, assumiu o controle do Estado


Caracterizado pela ascensão do grupo militar ao posto maior do Estado republicano.


Um governo debilitado e atrelado, completamente, aos interesses da cafeicultura decadente do Vale do Paraíba

Leia com atenção:

“Os nossos modernistas em 22 compartilhavam de uma ingênua crença no progresso, entusiasmados pelo desenvolvimento de São Paulo. Por esse ângulo é possível explicar em parte a identificação que, negada por Mário e exaltada por Oswald, persistia entre modernistas brasileiros e futuristas italianos, igualmente preocupados em introduzir seus países nas coordenadas do século XX.” (REZENDE, Neide. A Semana de Arte Moderna. São Paulo: Editora Ática, 2006, p. 72)

Sobre esse “desejo de atualização” da Semana de 1922 é possível afirmar que:


Os artistas desse movimento só atendiam aos interesses progressistas da oligarquia que controlava o governo federal.


Os artistas desse movimento ignoravam a ânsia de progresso do coletivo nacional.


Os artistas desse movimento gostavam do moderno, mas descriam de suas possibilidades reais.


Os artistas desse movimento captavam os anseios de urbanização, industrialismo e modernidade do coletivo nacional.


Os artistas desse movimento sentiam o aroma da modernidade, mas o negligenciava.

Leia atentamente:

...essa “revolução” aparece quase que permanentemente adjetivada como “brasileira”. A expressão “questão social”, embora nem sempre de maneira explícita, alinhava-se à ideia de revolução: era para enfrentar esse problema maior da sociedade, por caminhos diversos e opostos, que se pretendia tomar o poder. [...] (BORGES, Vavy Pacheco. Anos Trinta e Política: História e Historiografia. In: FREITAS, Marcos Cezar (org.) Historiografia Brasileira em Perspectiva. São Paulo: Contexto, 1998.)

O grande nome, vitorioso absoluto da chamada Revolução de 1930, foi (Marque a alternativa correta):


Plínio Salgado


Getúlio Vargas


João Pessoa


Magalhães Pinto


Luis Carlos Prestes

Leia com atenção:

O conflito estrutural entre a classe oligárquica, que pretendia conservar o monopólio do poder, e os grupos médios urbanos que aí desejavam chegar, marcará a vida política do país durante o período que vai de 1890 a 1930: de um lado, a aliança dos grupos semifeudais, controlando as regiões mais atrasadas, com a nova classe agrícola e exportadora que manipula o governo em proveito próprio; de outro as classes médias urbanas, em rápida expansão, imbuídas de ideias liberais, buscando formas de vida moderna. (FAUSTO, Bóris. Expansão do café e política cafeeira In: ______. História geral da civilização brasileira, tomo III (O Brasil Republicano), 1o volume Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,1997, p.11.)

A qual estado podemos creditar o surto magno de industrialização e urbanização durante o período anteriormente citado?


São Paulo


Rio Grande do Sul


Minas Gerais


Amazonas


Paraíba

As medidas tomadas por Vargas trouxeram descontentamento em diversas regiões do país. Os mais sérios ocorreram em:


Goiás, um estado politicamente comprometido com os ideais e as propostas socialistas e anarquistas.


Maranhão, um estado que conservou atrelado aos princípios políticos advindos das revoltas provinciais do período Regencial.


Santa Catarina, um estado que, mesmo na República, se deixava guiar pelos valores proclamados no levante farroupilha.


São Paulo, um estado politicamente dividido entre a oligarquia vencida, ligada ao PRP, e os constitucionalistas vencedores


Pernambuco, um estado alheio ao que ocorria no cenário republicano e atrelado, ainda, ao passado monarquista.

Leia o trecho seguinte:

O Estado brasileiro, em função do movimento político-militar de outubro de 30, sofre profundas transformações. Em relação à composição do bloco no poder, passou a haver uma coalização entre as forças do tenentismo, a oligarquia e a burguesia industrial. (AIDAR, Maria Aura Marques... [et al.]. O Brasil republicano (1889-1930). Uberaba: Universidade de Uberaba, 2011.)

O que se pode dizer sobre essa coalisão? Assinale a alternativa correta:


Cada um dos componentes do bloco dominante funcionava como uma espécie de limite para a ação dos demais.


Os grupos em coalizão discordavam em todos os pontos só permanecendo juntos por amor ao país.


Os membros dos blocos dominantes estavam comprometidos com os ideais socialistas.


Os militares não pensavam em outra coisa além dos ideais separatistas em torno de São Paulo.


Foi forjada para satisfazer os interesses dos grupos de especuladores financeiros.

Pelo valor de sua exportação e por toda a importação que custeia. Sendo produzido em unidades monocultoras, as fazendas de café são os principais núcleos de consumo das safras de alimentos. É também o café que move o sistema de transportes, que implanta as estradas, ferrovias e portos, essencialmente para servi-lo. É também com capitais oriundos do café que se fazem indústrias, que se urbanizam cidades e que se moderniza a vida social.

Assim, sobre a crise da economia agroexportadora cafeeira, pode-se afirmar que:


Só afetou a classe operária e camponesa, saindo ilesa a elite cafeeira.


Afetou do lavrador enxadeiro ao operário fabril, do empresário ao banqueiro.


Só afetou a classe industriária urbana do noroeste paulista.


Parcialmente, afetou o funcionarismo público do Rio de Janeiro.


Afetou, apenas, os grande pecuaristas do Rio Grande do Sul

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